A Chegada a Ravenloft

Tudo começa em um celeiro sujo e escuro na Ilha Demisan em Ravenloft.

Cinco pessoas acordam assustadas num lugar que nunca viram e se deparam com a própria Morte em sua forma física, que se dirigiu a eles dizendo:

“ Eis aqui em minha frente a escória, aqueles cujo eu abraçaria sem piedade, por outro lado, ao mesmo tempo, são aqueles que indiretamente servem ao meu propósito, vocês estão num mundo chamado Ravenloft ao qual eu não tenho poder contra suas Brumas, caso contrário levarias vocês agora mesmo comigo, mas ao que parece existe algo de especial em vocês que vou acompanhar de perto.

Mas me digam, qual é ultima lembrança que vocês tem antes de acordarem aqui ? “

 

Um elfo chamado Phillip tomou a frente e contou sua lembrança para a Morte

“ Eu estava numa taverna, quando recebi um pedido, possivelmente dos deuses, eu precisava purificar a todos, e deveria começar por minha própria família, e qual a melhor forma de se purificar do que pelo fogo ?

Então na calada da noite, botei fogo na minha própria casa com mulher e dois filhos dentro, acredito que eles estão salvos agora “

A Morte então riu, sem que soubessem que de fato ela estava por tras desse “pedido”

O próximo a se pronunciar foi o Ladino Melk Dunnigan.

“Eu costumava ser um grande ladino em meu mundo, mas os negócios estavam indo de mal a pior, ninguém mais tinha posses, ou andavam com dinheiro, um dia por causa dessa decadência bebi mais do que devia numa taverna e fui tentar furtar uma senhora que estava em frente a um templo pedindo esmolas, mas como não tive sucesso e ela começou fazer escândalo tive que cortar sua garganta, depois me atordoei e só via umas brumas se aproximando “

Depois foi a vez de Ragnar

“Eu sempre fui um homem bom, mas tinha um grande defeito, sou muito ciumento, de vez em quando espancava de leve minha mulher, até que um dia ela me traiu de verdade, mas para defender o safado ela não falou quem foi, então para ter certeza de que ele foi punido, eu matei todos os homens com mais de 15 anos do vilarejo inteiro, e no fim a matei também, fiquei meio atordoado e desmaiei acordando aqui “

O próximo foi Seiffer

“Eu era um grande mago, mas na busca pela infinita sabedoria e controle das magias, acabei prestando serviços a um mago mais poderoso em troca de aprender coisas novas, esse mago tinha amor por golens, e eu era quem trazia as partes necessárias para a fabricação deles, sendo de pessoas inocentes ou não, desde que eu fosse recompensado com novos aprendizados, até o dia em que ele quis uma criança golen, já que não tinha filhos, então encontrei um menino de 9 anos e o fiz em pedaços, é a última coisa que me lembro, essa imagem nunca mais sairá de minha cabeça “

E por último falou Eradin

“Pelo jeito eu vim parar aqui por fazer aquilo que gosto, matar pessoas, juntei o útil ao agradável ao trabalhar para um cobrador de impostos, era simples, quem não pagava eu matava, até que um dia minha própria mãe não pagou, então sabe como é né, trabalho é trabalho, fui até a casa dela e a matei ali mesmo, meus avós tentaram me impedir, então fui obrigado a mata-los também, ai estranhamente peguei no sono, e acordei aqui”

Então a Morte julgou a todos como culpados, a balança de todos eles pendeu para o lado da condenação, e ela riu tornando-se um espiral de fogo e desaparecendo, deixando como ultimas palavras “Em breve nos veremos outra vez”

 

O grupo ainda meio atordoado com a situação resolveu se conhecer melhor, menos Eradin que saiu para explorar o que tinha do lado de fora, ele encontrou uma pequena vila, com uma fonte quebrada numa praça destruída, e entrou numa taverna chamada Sangue no Vinho, percebeu que ninguém olhava pra ele, viu também uma pessoa estranha numa mesa no fundo da taverna, mas decidiu não se aproximar, pediu o vinho da casa e o taverneiro pediu seu pulso, ele deu, e sofreu um corte, o suficiente para pingar sangue na caneca, depois o taverneiro completou com um liquido e deu pra ele beber, tinha gosto de morangos silvestres, mas decidiu voltar, já que estava num lugar desconhecido.

O Resto do grupo saiu então e se encontraram novamente todos na praça, e dessa vez foram todos para a taverna, Dunnigan chegou na frente e foi sustentar seu vício, pedindo inclusive uma garrafa para viagem, todas as pessoas que estavam na taverna saíram depois que eles entraram, menos o cidadão do fundo com um enorme livro na mão, isso chamou a atenção de Phillip que foi lhe oferecer uma bebida para saber mais sobre o local.

Ele se aproximou, ofereceu a bebida que foi aceita pelo homem misterioso e perguntou onde eles estavam, o homem apenas virou algumas páginas de seu livro e o mostrou a Phillip que viu as letras se embaralhar e assumirem o idioma élfico, havia uma profecia, da qual todos eles faziam parte, eles seriam escoltados pela própria morte até Ravenloft e seriam aqueles que trariam o fim a este lugar sombrio, Dunnigan ouviu a conversa toda, os outros estavam curiosos, mas logo Phillip voltou com as informações sobre onde estavam e no que se meteram, inclusive sobre a existências dos Lordes e dos poderes sombrios de Ravenloft, o caminho a ser tomado agora era sudoeste, passar pela Ilha do Dedo e chegar ao lar de um dos semi-lordes, Dominic, na ilha da Agonia.

Eles partiram dali, e nas vielas escuras de Demise, Eradin e Dunnigan perceberam que estavam sendo seguidos, e mais a frente se depararam com ladrões, os pobres coitados não faziam ideia de quem eram os viajantes, e subestimaram seus poderes, o que se mostrou um enorme erro, os cinco que cruzaram o caminho do grupo foram enviados diretamente para a Morte, uma cortesia do grupo que pareceu estar entrosado apesar do pouco tempo unido.

A noite caiu e chegaram a uma estalagem, lá estava novamente o misterioso homem, e mais uma vez Phillip foi falar com ele, descobriu que seu nome é Melkor e que ele esta em Ravenloft a 1100 anos, era um Famoso Bardo outrora, mas que se tornou um serial killer, matando 30 pessoas inocentes, todos os dias do mês uma dessas almas o atormenta quando ele dorme com pesadelos terríveis.

Pegaram um quarto comunitário e foram dormir, todos tiveram o mesmo sonho, com uma orbe em chamas e a Morte a espreita-los.

No outro dia de manhã ainda era escuro, a névoa tomava conta da vila, Melkor ainda estava na estalagem e foram interroga-lo sobre o sonho que tiveram, agora não havia mais dúvidas sobre a profecia, já que Melkor lhes mostrou seu livro, e lá estava em gravuras o sonho que tiveram, agora o tempo era mais um inimigo, deveriam pegar a balsa para a Ilha do Dedo e chegar a Ilha da Agonia, mas a balsa era protegida por servos de Dominic que não deixariam que passassem, como não tinham autorização de Dominic para deixar a ilha a única saída foi o combate, dois Ettins, criaturas horrendas com duas cabeças guardavam a balsa, mas novamente parecia q um forte destino uniu esse grupo, pois com uma facilidade anormal eles derrotaram os inimigos e agora estavam prestes a navegar pelo Mar das Mágoas, rumo a Ilha do Dedo.....